[Jornada] Meruvyan Eel

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Mensagem por Meruvyan 30/3/2016, 12:10




MERUVYAN CHRONICLES
i DO BELIVE IT'S TIME FOR ANOTHER ADVENTURE

CHARACTERS
Spoiler:

STORY MODE
Antagonista das poucas faces
Playing with fire, Evolução e Captura
Encurralar ou ser encurralado | Parte 1
Encurralar ou ser encurralado | Parte 2





Última edição por Meruvyan em 14/4/2016, 21:22, editado 1 vez(es)
Meruvyan
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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por victor151 30/3/2016, 12:14

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victor151
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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por Meruvyan 30/3/2016, 12:36


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#01 - Antagonista das poucas faces


O céu azulado ganhava pequenas manchas alaranjadas da manhãzinha. Os tons que se entremeavam harmoniosamente recaiam acima do único Templo da pequena cidade como um manto infinito. Um vento gélido assoprava em meio as gigantes e antigas arvores ao redor do local, tornando o ambiente mais agradável. Contudo, havia uma pessoa que sentia desprazer nesse lugar. A menina de cabelos longos e ondulados e de vestimentas casuais — camisa larga rosa de mangas compridas e saia branca — soltou um longo suspiro. Os ombros encolhiam enquanto varria o chão devagar; despachava numa atitude aborrecida as folhas secas a um canto aleatório. Quando inspirou fundo pela milésima vez, virou o rosto na direção do horizonte, observava a cidade abaixo e mais à frente a floresta. Um minuto depois, a menina interrompe o movimento da vassoura e cerra as mãos no cabo com a intenção de jogá-la no ar.

— Isso está... totalmente errado! — Profere num timbre agudo, o rosto completamente vermelho. — Argh! Por que ainda estou fazendo isso? Obāaba está tirando uma com a minha cara? Hoje é o dia em que eu deveria sair para a minha jornada e ela me põem para varrer o chão? — A menina bufa e gira pelos calcanhares, fixando os olhos azuis-claros nos meus. Fazia uma careta nada satisfeita. — Meruvyan, você está com aquele olhar de novo!

Pisco algumas vezes, sem saber o que responder. À propósito nenhuma das perguntas foram direcionadas à minha pessoa, então falo a primeira coisa que vem à mente: — Lisetta, você é tão pequena que parece um Bueary. — Digo com certa indiferença, também segurando a vassoura.

— Pequena?! Argh! Porque você continua me chamando disso? Até quando vai ficar jogando na minha cara de que sou pequena? Não tenho culpa se você é mais alta do que eu e m-mais... — Lisetta gagueja e abaixa os olhos para si. Atentei ao seu gesto. Atuou toda estranha quando pôs as mãos sobre o peito. Impaciente, ela morde os lábios e volta a me encarar tão enrubescida e tão revoltada quanto antes. — Desenvolvida! — Ofegou. — E além do mais, você é minha rival, não fique se gabando tanto dos seus dotes!

Dotes?! Franzo o cenho totalmente confusa. Às vezes Lisetta diz umas coisas sem sentido. Sua cabeça funciona em outro ritmo e tentar decifrá-la é perda de tempo e uma baita dor de cabeça. Mas, é isso mesmo. Ninguém entendeu errado. Eu, Meruvyan Eel, sou a rival desta história e — infelizmente — dessa pequena criatura. O que é uma chatice. Por que? Bem, digamos que não tive a escolha de querer ser ou não ser a rival de alguém. Apenas contei com o azar de descender de uma família onde todos foram rivais da família de Lisetta e agora o título foi imposto a mim. Foi como escutar: Ei, parabéns. Agora você é uma rival. Aqui pegue um biscoito. Que legal, não? Não, não é.

— Lá vai, me ignorando de novo! Você vai ver Meruvyan, serei a melhor Mestra Poke... — Antes que ela pudesse terminar a frase, Obāaba imerge das sombras como uma raposa à espreita, acertando-a por trás da cabeça com um artefato de madeira.

— Vai ficar de conversa mole agora? Eu não mandei varrer o Templo? Ainda não vi nenhuma diferença. Só umas folhas secas entulhadas de mal jeito no canto. — A velha senhora gritava numa voz tão estridente que fui obrigada a tampar os ouvidos. Sentia que o grito vinha de dentro da minha cabeça, e não de uma pessoa pequena. Ela balançava o artefato no ar e parecia que iria usá-lo mais uma vez se fosse necessário. Obāaba Rutha, é avó de Lisetta. Deve ser coisa de genética, mas ambas possuem o mesmo gênio e a mesma estatura física; pequena, com cabelos curtos e grisalhos. Por baixo do longo avental, ela usava um vestido tradicional de uma só cor (Kimono).

— Ugh! Obāaba! Por quê me bateu e por quê mandou varrer o Templo? Não sabe que vou sair na minha jornada hoje?

— Garota tola! Só porque recebeu seu primeiro pokemon acha que está livre para fazer qualquer coisa? Isso só a torna mais imatura. Deveria te colocar para limpar todo o Templo por desobediência. Hunf! Siga o exemplo da Meruvyan, sequer reclamou um minuto. — Com o queixo erguido, Rutha estufou o peito e cruzou os braços. Essa pose só significava uma coisa, fim da discussão. Lisetta apertou os lábios a ponto de embranquece-los.

Os olhos marejados da garota tornaram na minha direção, lançou um olhar de ódio e gritou:  — A senhora nunca está do meu lado! Vocês vão ver, serei a mais forte de todas!

A garota foge e vagarosamente, o pequeno corpo desaparece do meu campo de visão. — Por que a senhora sempre me põe no meio de suas discussões? — Resmunguei.

— Hm? O que está dizendo? Um pouco de rivalidade nunca é demais. Além disso, sem isso a vida seria menos divertida. — Ela fala como se fosse a coisa mais natural do mundo. Urgh, que problemático. — Mudando de assunto, essa garota é igualzinha ao meu filho, nunca me dá ouvidos. Já disse para ela ficar longe da floresta. Ultimamente está ocorrendo muitos incidentes envolvendo pokemons selvagens. Estão atacando as pessoas sem motivo algum. — Rutha me observava pelo canto do olho. Tento ignora-la, fingir que não percebi seu sorriso manipulador e continuo varrendo, mas sei que não tenho escapatória. — Por que não vai atrás dela? Quem sabe ela não te escuta?

Isso é piada? Tenho certeza que o humor dela vai piorar se me ver. Solto um suspiro e relutantemente, desço as escadas do Templo. Meus pés percorriam pelo piso de pedra, repetindo um percurso tão familiar que era como que estivesse impresso na minha mente enquanto atravessava a cidade e caminhava em direção à floresta. Ainda assim, no curto trajeto pude sentir o saboroso cheiro de ensopado de carne e broa quente. Respirei fundo e engoli em seco. Segurei ao máximo a tentação de dar meia volta e entrar na casa de onde provinha o aroma delicioso. Não! Tenho que encontrar Lisetta.

O dia começava a esquentar. O sol agora reluzia acima da minha cabeça e ficava mais óbvio que o longo inverno estava próximo do fim. As plantas estavam brotando e os animais rompiam de suas tocas. Mesmo comtemplando esse cenário fascinante, minha feição não mudara. Tenho esse dilema de não possuir muitas expressões, o que me deixou com a fama de: fria. Insensível. Oh, e não podemos esquecer de garota sem faces. Se fiquei irritada ao escutar esses apelidos? Nem um pouco. Vocês podem não acreditar, mas nunca me preocupei de verdade do que falam de mim.

Conforme adentrava a floresta, avisto uma clareira e às costas curvadas de Lisetta, sentada numa pedra baixa e ao seu lado estava o Turtwig. Locomovi-me com extremo cuidado. Depois da discussão de mais cedo, eu não queria assustá-la ou deixa-la mais enfurecida. Pigarreei para quebrar a tensão. Temia que estivesse chorando. Por favor, por favor, não esteja.

— Se fazer de coitadinha não vai ajudar em nada, sabia? — Ack! Maldita boca que se move por conta própria. Lisetta se virou abruptamente, com as sobrancelhas franzidas — mais um pouco um nó se formaria na sua testa. Seus olhos estavam um pouco vermelhos, mas não havia lagrimas neles.

— Já sei como resolver isso. — Lisetta se levantou num pulo ágil de sua cadeira improvisada e eu recuei alguns passos. — Eu te desafio à uma batalha Meruvyan! — Arqueei as sobrancelhas, surpresa. Por um instante, achei que ela fosse me bater, agora está me desafiando? Lembrei das palavras de Rutha sobre a rivalidade ser uma coisa divertida, mas tinha minhas dúvidas disso. Fiz uma careta. Se eu aceitasse era o mesmo que admitir o título de rival, não é? Mas, Lisetta deixaria de ficar emburrada e meus problemas diminuiriam... ou não. Argh, dane-se.

— Por mim tudo bem, mas não vá se lamentar depois de perder. — Declaro.

BATALHA
Turtwig vs Chimchar.

O rosto de Lisetta ficou tão vermelho quanto um suco de morango. Porém, num instante seu semblante altera de uma simples garotinha para uma treinadora séria e competitiva. Inflou o peito e prontamente comandou Turtwig a posicionar-se a frente. Agora não tinha mais volta. Peguei do bolso da saia a pokébola e apertei o pulso nele antes de lança-lo no ar. Tive a leve sensação de algo no meu intimo se agitar, ou de ter escutado uma vozinha abafada clamar para que eu agisse rápido. Maneio a cabeça, tentando manter a concentração.

Em um retinir baixo a bola vermelha e branca se expande, liberando Chimchar de dentro. Seu pequeno corpo emerge diante de mim. E, logo de cara noto que uma aura maligna irradiar dele. Meu corpo fica tenso e por instinto desviei o olhar. Pokemons podem não falar a nossa língua, mas consigo entender perfeitamente o Chimchar e nesse momento sua encarada fulminante certamente ansiava minha morte ou: “Porque infernos me deixou na pokébola por tanto tempo? Pensa que não percebi sua hesitação?!” Algo do tipo.

Nunca foi minha intenção escolhe-lo como pokemon inicial. A minha primeira opção era o Turtwig, somente por ser um dos pokemons mais tranquilos e compreensivos, porém Lisetta fora mais rápida do que eu. Quando atentei ao Chimchar, ele emitia um ar de... como posso dizer... fofura? Não resisti e o escolhi. Mais tarde descobri que na verdade foi o oposto. O professor Rowan falou que era a primeira vez que Chimchar gostara de alguém. E o pior é que a ideai ideia ‘rival’ ficou mais intensa depois dessa escolha, já que faz parte da tradição da família escolher o pokemon que nos traz mais vantagem.

— O que está esperando Meruvyan? Está com medinho é? — A voz fina de Lisetta interrompe meus pensamentos. Foi totalmente sem intenção, absolutamente involuntário, mas um “tch” escapou de meus lábios, o que a irritou ainda mais. — Já chega! Vamos logo com isso! — Lisetta ergueu um dos braços exasperadamente. — Turtwig, Tackle!

O Turtwig ululou impetuoso ao comando dela e correu a toda velocidade na direção do Chimchar. Fiquei chocada pelo o ataque inesperado e perdi totalmente o foco. Turtwig chocou-se contra o Chimchar e foi o suficiente para joga-lo para trás. Chimchar guinchou de dor, e teve que fazer algumas piruetas no ar para não se emborrachar no chão. Novamente, ele me encara, completamente furioso. Urgh. Se eu perder essa batalha, quem vai me matar é o próprio Chimchar.

— É isso aí Turtwig, continue assim! Vamos acabar com eles e voltar para casa vitoriosos. Agora execute Withdraw e depois o “movimento 27”, do jeito que nós praticamos!

Uh oh. Turtwig bufou, aparentemente mais animado a cada segundo. Como Lisetta ordenara, ele usou Withdraw; uma luz envolveu seu corpo gerando uma barreira protetora. Em seguida, aprumou-se a correr outra vez indo ao encalço de Chimchar. Dessa vez, vi que que se eu não fizesse algo Chimchar se machucaria. — Chimchar salte! — Chimchar oscilou, porém, no último instante, ele salta, deixando o pokemon de Lisetta transpassar por baixo dele. Ambos ficaram boquiabertos pelo movimento e, diga-se de passagem, eu também fiquei. Chimchar esperou pelo segundo comando, mas nada viera. Em consequência, quando aterrissou, disparou outro olhar fulminante; o tipo de olhar que faria o pokemon mais temível correr de medo.

— Ei, você está nos subestimando, não é? — Lisetta bradou do outro lado da clareira.

— Huh? — Arqueei uma das sobrancelhas, confusa. — Do que está falando?

— Você poderia ter atacado Turtwig pelas costas, mas não o fez. Isso quer dizer que você se acha mais forte do que eu e o Turtwig. E isso me irrita! — Queixou-se, batendo o pé.

Dou um pesado suspiro, lamentoso. Ao contrário do que Lisetta acha, ver Chimchar em perigo por minha causa redefiniu minhas prioridades. Lisetta preparava-se para dizer mais alguma coisa, porém fomos interrompidas quando um tremor seguido de um estrondo se manifesta das profundezas da floresta. À nossa esquerda, a uns quinze metros, um Rhyhorn enorme irrompe dentre a relva. Engoli em seco.

Chimchar vs Rhyhorn.
Pokédex.

Rhyhorn - Ele é lento e tem dificuldade para virar o corpo para o lado devido às suas patas curtas. Seus ossos são mil vezes mais duros do que os dos homens. Não é muito cauteloso, podendo destruir o que estiver em seu caminho.

O pokémon havia deixado um rastro de destruição na relva; arvores grandes e pequenas foram arrancadas das raízes e esmagadas ao ponto de tornar-se uma só coisa com a lama do chão. Ele levantava e abaixava a cabeça de forma abrupta, parecia que alguma coisa o importunava. Meu corpo ficou tão tenso, que minhas mãos começaram a suar. O que um Rhyhorn está fazendo aqui? Pensei, incomodada. “Ultimamente está ocorrendo muitos incidentes envolvendo pokemons selvagens. Estão atacando as pessoas sem motivo algum”. A voz de Obāaba ressoou repetidas vezes na minha mente. Obvio, não acreditei no que ela disse, mas presenciado, não tinha como estar imaginando aquela cena. Subitamente, Rhyhorn perneou e investiu contra o Turtwig. Ele o atinge com o chifre, impelindo-o violentamente.

— Turtwig! — Lisetta arqueou, assustada. Correu para socorrer seu pokemon, agachando-se ao lado dele. — O que pensa que está fazendo seu...! Turtwig, você está bem?

— Wiieee! — Ululou suave, em resposta.

— Ótimo, vamos acabar com ele e....

— Espera Lisetta. Tem algo de errado com esse Rhyhorn.

— Algo de errado? Do que está falando? O que é?!

Eis a pergunta de um milhão. Não é comum Rhyhorn aparecer por aqui. Então por que...? Hm? Por que os seus olhos estão vermelhos? E o que é aquilo no seu chifre? Uma pulseira metálica agarrava-se no centro de seu chifre, o objeto cintilava quando a luz refletia. Isso que está deixando descontrolado? Franzir o cenho. Certos detalhes não se encaixavam. Era como montar um quebra-cabeça sem as peças, e o pior é que mais perguntas borbulhavam na minha cabeça. Não há tempo. Pela direção que ele está percorrendo, não demorará para chegar na cidade. Vai ser um desastre se isso acontecer. Tch. A única solução então.... — Chimchar quer lutar contra o Rhyhorn? — De início Chimchar mostrou-se indiferente, mas não demorou para exibir os dentes afiados e o sorriso provocador. Posso estar sendo lunática sobre o que vou dizer agora, mas essa sensação de perigo, me fazia sentir mais viva do que nunca.

— Ei, o que você vai fazer?

— A causa é aquele colar, pulseira, seja o que for, temos que destrui-lo.

— Destruir? Você... — está completamente louca? Insana? — Está certa. Ok. Vamos destrui-lo! — Huh? Eu escutei direito? Ela acabou de concordar comigo? — Vovó sempre disse para ficar longe da floresta, mas eu só estava esperando uma oportunidade de convencê-la de que estou pronta para a minha jornada. Vamos lá Turtwig, não podemos perder essa chance.

Rhyhorn assume uma postura mais perigosa, afiava seu chifre antes de dar o seu trote. Turtwig usou Tackle e ambos colidem brutalmente. Turtwig quase foi arremessado, porém, com a sua defesa aumentada, ele apenas regressa alguns passos. No entanto, o golpe anterior o deixou sem condições de permanecer na luta.

A carapuça de Rhyhorn era resistente demais, bater não basta. Chimchar rosna chamando minha atenção. Engraçado, o Professor Rowan mencionou o seu gênio forte, mas em nenhum momento Chimchar agiu por conta própria. Será que ele esperava que trabalhássemos juntos? De repente, deslumbro um Chimchar fascinado pelo furor da batalha. Agora entendo. Um sorriso traiçoeiro se desenha nos meus lábios sem que eu dessa conta.

— Chimchar, use sua agilidade e o faça comer poeira.

Chimchar ululou. Saltou no mesmo instante em que Rhyhorn investiu. À medida que Chimchar se movia, levantava brevemente as pernas no ar, rodopiava magnificamente; saltava outra vez, quase de forma automática, possuía tanta facilidade que parecia que a gravidade não se aplicava a ele. Exibindo-se, deixava Rhyhorn mais irritado e simultaneamente confuso. Raiva intensa, confusão e ataques aleatórios esgotam energias mais rápido do que pensamos. E não demorou para que Rhyhorn demonstrasse exaustão. Quando se desiquilibrou, comandei ao Chimchar que usasse Scratch consecutivamente até que atingisse o colar e o partisse ao meio. Levou dois minutos completos para que o plano funcionasse. Os golpes acertavam a parte mais dura do corpo e Chimchar começou a manifestar cansaço e a reclamar de dor, mas em um deslize do Rhyhorn, Chimchar consegue quebrar a pulseira.

No momento em que isso aconteceu Chimchar se vira para mim com a face totalmente iluminada. Meu coração palpita ao vê-lo e quase corri na sua direção, mas congelo no lugar quando sua feição irritada volta na mesma hora. Estou imaginando coisas? Rhyhorn retorna para a floresta meio cambaleante. Claro, não esperava um agradecimento vindo dele, mas uma bufada ou espirro já bastava.

— Você não vai captura-lo? — Perguntou Lisetta, aproximando-se com o Turtwig nos braços.

— Não. Ele não faz o meu tipo. — Peguei a pulseira quebrada do chão, acima de uma pegada do Rhyhorn. Observando melhor, fios coloridos pendiam de dentro dele, assemelhava-se com um dispositivo eletrônico.

— Sabe Meruvyan, você é realmente assustadora quando está séria.

— Entendo. — Murmuro sem interesse enquanto guardava o colar no bolso.

— Eh? Só isso? Nada de: “Hunf! Eu sou superior, não perco tempo quando o assunto é batalhar” ou “Não se deixe enganar. Por baixo deste rostinho bonito há uma mulher insuperável!” — Toda palavra que mencionava, ela fazia uma encenação. Permaneço calada. Só em observa-la sinto minhas energias se esvaírem do meu corpo. Ignoro seu falatório e caminho de volta para a cidade. — Ei! Espera, aonde você está indo? Meruvyan, você está me ignorando de novo? Isso não é justo!

E foi assim que a minha jornada de antagonista começou.
.MERUVYAN.
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Mensagem por victor151 30/3/2016, 12:51

Um texto incrível, uma ou outra repetição de nomes, erros na escrita nada de mais, mas se atente a isso.

5 STARS foi uma descrição muito, muito boa o que cobriu a falha de repetição de nomes que foi frequente, mas não tão frequente.
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Mensagem por Meruvyan 1/4/2016, 10:02


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#02 - Playing with fire, Evolução e Captura


— Entendo. Então foi este dispositivo que causou o descontrole do Rhyhorn.

Aquiesci. — Professor o que é isso? — Perguntei. Professor Rowan segurava a pulseira quebrada (que eu peguei do dia anterior) em uma das mãos e a outra perdurava-se no queixo.

— É um tipo de dispositivo de frequência de som. Falando cientificamente, esse aparelho emprega frequências inferior a 20 Hz, isto é, os chamados infrassons. Para nós humanos, escutamos somente frequências mais graves, 20 Hz e as agudas, 20.000 Hz. E apesar do homem não poder escutar os infrassons, há pokemons que podem, como por exemplo o Rhyhorn, que são capazes de captar ondas de tremores de terra. — Explicou. — Neste caso, o dispositivo aplicava a frequência de forma ininterrupta e, sendo a frequência mais poderosa que o ultra-som, imagine um zumbido incessante capaz de paralisar, enlouquecer ou até mesmo... matar. — Olhei para o Professor, incrédula. Por um instante, ele parecia imerso nos próprios pensamentos ou estivesse se questionando a veracidade das próprias palavras.

— Eu só não entendo uma coisa. — Digo, puxando ar. De repente, minha mente juntava as peças do quebra-cabeça para formar uma imagem estranhamente coesa... pelo menos, metade dela. — Como ‘isso’ foi parar no chifre do Rhyhorn? Seria ironia achar que magicamente tenha caído do céu e ficado preso no chifre?

— Sim, você está certa. Não é uma coisa de acasos. — Afirma. Colocou a pulseira acima da mesa metálica e deu uma tapinha nos papéis brancos ao lado dele. — Alguém trabalhou nisso e, posso dizer que não fora feito por um armador. — O tom dele era amargo. — Mudando de assunto, por que Chimchar está fora da pokébola?

A mudança de assunto me pegou totalmente desprevenida. As desculpas prontas evaporaram feito fumaça. — Ah! Isso... bem... hã... — Desvio o olhar, tensa. — Decidir passar um tempo a mais com ele (?). — Meu tom defensivo ficou um pouco evidente. ‘Tá bom, super evidente. E fiquei meio receosa de que dissesse algo, mas ele assentiu com seriedade. Em contrapartida, Chimchar sorria. Mostrou todos os dentes afiados para o Professor. Tsc. A verdade é que, ele não queria voltar para a pokébola de jeito nenhum!

— Vejo que se tornaram bons amigos. E essa mochila...

— Ah. Estou saindo para a minha jornada. — Tento recuperar a compostura, pateticamente.

— Não vai se encontrar com a Lisetta?

— Por que eu deveria? — Eu o encarei, com a expressão apática. O Professor Rowan arqueava levemente as sobrancelhas, confuso ou surpreso, não sei ao certo, quase não dava para perceber a diferença. Dei de ombros, e ignorei o silêncio repentino. — Bem, vou indo. Até breve Professor Rowan.

— Espere! Antes, tenho algo a pedir. — Congelei. — Quero que encontre o Dr. Krüger na Jubilife City e entregue isto a ele. — Professor guarda a pulseira numa pequena maleta prateada, e a confia para mim junto com uma carta. — Dr. Krüger possui mais conhecimento na área tecnológica do que eu, porém não consigo me comunicar com ele. Também não posso me ausentar do laboratório, quero investigar os efeitos colaterais causados nos Pokémons, além é claro, do descontrole. Acredito que não seja mera curiosidade ou um simples experimento cientifico. — Assentir às palavras do Professor e, imediatamente coloco o objeto na minha mochila. — A carta revela que eu a designei à entrega, assim não terá nenhum problema com identificação. Se precisar de ajuda é só me avisar.

Concluindo, me despeço. Enquanto saia do laboratório, repassava mentalmente o que deveria fazer primeiro; explorar e capturar um Pokemon ou ir direto para a cidade Jubilife?
***

Percorremos a estrada de terra em total silêncio. Uma brisa levantou uma nuvem de poeira. Ergo a mão em protesto a intensa luz e calor que derramava do céu azul sem nuvens. Sentia o rosto queimando e o suor escorrer da testa, pescoço e às costas. Falando sério. Eu estava nas últimas. Suava feito uma condenada e ansiava tanto por comida quanto por água. Por que então não peguei as duas coisas na minha mochila? Certo, eu faria isso se Chimchar não tivesse comido tudo! Sorvi o ar com urgência, tentando manter a calma. Pelo menos isso o deixou feliz, e o mais importante, de barriga cheia.

Enquanto ele bocejava, pego o mapa do compartimento do lado direito da mochila e a desenrolo. Queria me certificar que estávamos no caminho certo. — Saímos de Sandgem Town e agora estamos na rota 202. Não falta muito para chegarmos à Jubilife City, só precisamos passar pela Floresta Bewilder. — Comentei. Observando melhor, mesmo que o lugar fosse a divisão da área urbana e rural, quanto mais nós nos aproximávamos da Floresta, mais a cor verde predominava. — Se tivermos sorte, chegaremos na cidade antes do pôr do sol. Se não, teremos que passar a noite ao relento. — Resmungo. Dormir sem ter noção de que tipo de pokemon há num lugar é perigoso demais.

Chimchar abriu um largo sorriso torto. Sua expressão dizia: “Está com medinho?”. Franzi o cenho, levemente irritada.

— Sim. Estou aterrorizada. — Falei, cruzando os braços. — Principalmente das noites. Ouvir histórias que as noites de Bewilder são repletas de mistério. Dizem que um fantasma de pokémon que tivera a vida desmoronada vagueia pelas relvas sem rumo. — Dou uma espiada de soslaio por cima do ombro. Os olhos dele pareciam que iriam sair voando das órbitas. Ótimo. Isso deve ensinar-lhe uma lição. Devo continuar? Inspiro fundo e encolho os ombros. Uso a minha melhor voz teatral para história de terror. — Sua lamúria ecoa por toda a Floresta. E de acordo com a história, esse espirito assombra aqueles que não acreditam nele. E quando começa a gostar de alguém, não importa se é humano ou pokémon, arranca sua alma em um só golpe e, as leva para a terra gelatina, onde serão atormentadas para todo e eterno sempre!

Mal termino o conto e paramos exatamente na entrada da Floresta. Chimchar a fitava como se, no momento em que pusesse os pés ali, entraria em um mundo completamente diferente. Para tirar um pouco da tensão, bato a mão uma contra a outra, o que o fez dar um baforada de fogo no ar. — Sei que és corajosos e nada o impedirá de entrar na Floresta, certo? — Ele oscila, mas maneia a cabeça suavemente. — Ótimo. Go go go! — Falei monótona.

O local era absurdamente silencioso, absurdamente calmo. A impressão é de ser um lugar sereno, mas sinto que tem alguma coisa muito estranha aqui. Depois de não escutar nenhum tipo de som — seja de criaturas ou do vento —, você começa a imaginar coisas do tipo, sei lá, que um fantasma realmente possa dar as caras. O lugar lembrava um labirinto, só que um labirinto de líquens, raízes e troncos. Tenho que admitir, o clima úmido e sombrio que a Floresta emanava não era nem um pouco convidativo. Descemos por uma rota aberta, a luz ocasional vinda dentre as folhas e galhos das arvores altas era reconfortante. Perdendo o interesse da natureza, meus olhos recaem no Chimchar. Ele não saia de perto de mim e sequer tirava os olhos ao nosso redor. Parecia preparado para atacar qualquer um ou qualquer coisa que surgisse dentre os arbustos. Será que fui longe demais? Decido contar a verdade.

Acho que ele se perguntava se deveria me queimar viva ou não. Talvez eu merecesse, mas ele não precisava saber desse detalhe. Num piscar de olhos, sua expressão vacila. Ele aponta várias vezes para o arbusto à nossa esquerda. Estreito os olhos, presumindo que fosse um pokémon. Contudo, nada acontece. Franzir a testa enquanto o assistia apontar para outro arbusto e depois outro. — Está tentando pregar uma peça em mim? Eu já pedi desculpas! — Chimchar balançou a cabeça, em negativa. O medo estampava a sua face. Impaciente, começou a gesticular com as mãos. Mimica agora? Sério? — Laços? Olhos grandes? Algo pequeno? O quê?

O som do balançar de folhas foi o suficiente para tirá-lo do chão e fazê-lo escalar até a minha cabeça. — Chimchar, meus olhos! Não consigo ver! — Tento persuadir e força-lo a descer ou pelo menos, tirar uma das patas do meu rosto, mas ele se agarrou a mim feito cola! Escuto outro farfalhar mais próximo, mas o peso extra na cabeça era (muito) mais importante no momento. Desiquilibrei, cambaleei e errei a pisada. Olha só, por coincidência, tinha um tronco bem atrás de mim, e que por acaso eu não tinha visto devido a duas patas! O Resultado? Eu tropecei e, despenquei de um belíssimo barranco. De algum jeito, agarrei meu pokemon no tempo em que deslizávamos ribanceira abaixo. Depois de uma dose de desespero e visão da morte, a nossa queda é amortecida por uma não-tão-macia copa de folhas.

As batidas do meu coração soavam tão altas que achei que saltaria para fora do meu peito. Estremeço e ofego quando me levanto. Esperei as batidas se aquietarem enquanto obrigava-me a ficar calma, a controlar a respiração e os espasmos. — Morremos? Não. Vivinhos da silva. — Falei, tocando partes do corpo. Sentia as bochechas quentes, a ardência nos músculos das pernas, braços e as calorosas fisgadas nas costas e no tornozelo esquerdo, tudo ao mesmo tempo. Um sentimento maravilhoso... só que não. Chimchar gemeu, ileso.

Engulo a contragosto a dor. Droga. Saímos completamente da rota. Mas, pense pelo lado positivo Meruvyan, sobrevivemos a uma queda de 15 metros. Chimchar grunhi notando a minha dor. — Não é nada demais. Só... precisamos sair logo desse lugar. — Murmuro e ele concorda. Afasto os pensamentos do meu próprio dilema e concentro-me ao meu redor.

Rodamos a floresta por alguns minutos e comecei a ficar preocupada. Tive a impressão de que a floresta formava um casulo ao nosso redor. No caminho encontramos algumas flores raras e até mesmo uma que eu tinha visto em um livro bem antigo; chocolate cosmos. Era uma pequena flor marrom-avermelhada e o mais interessante dela é que cheirava a chocolate! Todas eram incrivelmente lindas e, num instante, esquecia-me de que estávamos perdidos. Então, quando menos esperávamos, uma lamuria baixa é entoada. Encarei Chimchar e acho que pensamos a mesma coisa: o fantasma?! Com os sentidos hiperalertos, ele ruma na direção da lamúria. Ótimo! Agora ele ficou corajoso. Dizer que também corri seria piada, eu manquei pateticamente atrás dele.

Ao atravessar uma enorme parede de folhas, fui forçada a fechar os olhos e ao abri-los vislumbrei uma Gothita presa numa teia gigante. Rapidamente, pego meu Pokédex; Gothita ♀, o pokémon Fixação. Suas fitas aumentam seu poder psíquico. Estão sempre olhando para os humanos ou pokémons, vendo algo que apenas eles podem ver. Ability: Competitive

Acho que alguém encarou o pokémon errado hoje. Do outro lado, seu malfeitor, Ariados, pendurava-se em uma outra teia agarrada a uma arvore. Uma ruga, quase imperceptível, brotou no canto dos seus olhos. Acho que o irritamos por atrapalhar seu lanchinho da tarde. — Ei, espera um pouco. Laços. Olhos grandes. Pequeno. Chimchar... Gothita não é o nosso fantasma ou é? — Chimchar a examinou, e confirmou num manear. — Foi o que pensei. Vamos embora.

BATALHA
Chimchar vs Ariados.

Na hora, meu o único pensamento era dar o fora, mas deixar uma fofura ser devorada pelo Ariados seria como cometer um pecado capital. Pigarreio, meio sem jeito. Viro o rosto feito um robô apático. — Sabe, eu não faço caridade. Além disso, você se subestima, e é por isso que não tem o necessário para partir esta teia. Lembre-se, você ganha força, coragem e confiança através de cada experiência quando encara o medo de frente. Ver que você sendo um alvo fácil, me irrita. — Gothita ficou confusa. No outro lado, o Malfeitor (decidir chama-lo assim, porque sim) não estava nem um pouco contente. Sem aviso prévio, cuspiu sua teia sobre nós. Trinquei os dentes ao usar o pé machucado para escapar do ímpeto; a dor ia e voltava em alfinetadas irritantes. Olho para as teias e tive uma ideia.

— Chimchar, use Ember nas teias, tire o suporte dele e termine com Flame Wheel! — Acatando prontamente meus comandos, deslocou-se depressa em oposição ao Malfeitor. Saltou e, expeliu pequenas brasas, queimando as teias. Gothita se solta e a pego antes que atinja o chão. Já Ariados estatelou-se feito uma maçã madura no solo. Mas, aparentemente, ele não estava sozinho, pois de algum ponto, outro Ariados, aka comparsa, aparece, disparando rajadas de espinho venenosos contra o Chimchar. — De onde ele saiu?

Malfeitor se reergue, sacode a cabeça e volta a escalar uma árvore próxima, ficando cara-a-cara com o seu comparsa. Não posso negar, o trabalho de equipe deles era incrível. Num segundo, expeliam uma grossa teia em torno do Chimchar; espiralavam velozmente, o envolvendo numa espécie de casulo. Enquanto assimilava a cena, assistia sem acreditar no que via. Chimchar lutou contra a teia gosmenta, porém só o casulo remanescia. Franzi o cenho, o coração agitado. Apertava Gothita nos braços enquanto as mãos tremiam. Tremiam não por medo, mas de raiva. Ambos os Ariados sibilavam, cantando vitória. Como ousam rir do meu pokémon! Chimchar!! O que acha que está fazendo? Vai me deixar esperando até quando? Saia logo desse casulo e vença essa batalha! — Bradei, furiosa.

Uma lufada de calor e luz vermelha se expandiu de dentro do casulo. Toda a estrutura entra em combustão. O tempo parecia ter parado. Então, uma silhueta emerge do fogo e pousa bem diante de mim. Perdi o fôlego. Chimchar evoluíra para Monferno! Ele exaltou vigorosamente, mas toda a sua atenção era tomada pela batalha. — Sim, está na hora de terminamos com isso. — Falei, sem conseguir conter o sorriso. Tínhamos apenas um obstáculo, o ataque em conjunto.

Para minha surpresa, Gothita pulou dos meus braços e se posicionou ao lado de Monferno. — Gothita? Quer nos ajudar? — Gothita ulula, em confirmação. Nunca pensei que essa jornada poderia se mostrar tão interessante. Uma estranha energia transborda do meu íntimo. A vontade que eu tinha era de gritar, jogar toda essa energia para fora, mas uma outra parte (a racional) advertia que me mantivesse focada e calma. Inspirei fundo e soltei o ar, devagar. — Vamos retribuir na mesma moeda a delicadeza que tiveram conosco! — Sugiro. Primeiro: dividir e conquistar. — Monferno use Ember no chão!

Monferno anui, entendendo meu plano. Dispara uma rajada de brasas no solo, elevando uma espessa nuvem de poeira. Antes que a nuvem desaparecesse por completo, ele já estava perto o bastante do Malfeitor. — Agora Mach Punch! — O golpe foi certeiro. Com um poderoso soco de direita, o jogou no chão, deixando-o desmaiado. Em contrapartida, o comparsa notando a derrota do companheiro, utiliza Scary Face para reduzir a velocidade de Monferno. Compreendi que ele iria atacar, porém, dessa vez, não ficaria parada. — Gothita, confusion! — O corpo dela ficou delineada por uma fina luz vermelha. Ela mexe as pequenas mãozinhas e aponta para o adversário. O golpe psíquico de algum jeito (esquisito) o abalou, instituindo a um estado de confusão. Seu próximo ataque foi mais surpreendente. Gothita tencionou o corpo para frente e acelerou na direção do Ariados, dando um tapa nele. Isso mesmo, um tapa, não do tipo de novela mexicana, mas um tapa violento e furioso. Pisquei, atônita. — Muito bem Gothita...?

Claro, o tapa não fora o suficiente para derrota-lo, mas o deixou norteado ou naquela imprevisível circunstância, tira-lo da confusão. Todos os pensamentos de surpresa são abalados quando o comparsa investiu em Gothita e a afligiu com um arranhão. Mordi os lábios e gritei: — Flame Wheel! — O corpo de Monferno ficou envolto por uma bola de fogo avançando para cima do pokemon em alta-velocidade. O impacto jogou-o para longe, ocasionando o termino da luta.

Gothita suspira, nos encara e depois corre para dentro da floresta, desaparecendo. — Ah! Porque eles nunca agradecem? Queria que pelo menos dissesse para que lado fica a saída. — Quando virei de costas, Gothita reaparece carregando duas coroas de flores. A primeira coroa ela põe na cabeça do Monferno e a segunda no meu pulso. Antes que eu dissesse algo, uma sensação quente subiu pelo meu braço, como uma brisa de verão, agradável e acolhedora. As dores magicamente desapareceram. Sério, sumiram! — A dor sumiu.... Como?

Gothita sorri, os olhos exibiam excitação e fascínio. Ergueu o braço, e por instinto, a toquei. Na minha nuca, alguma coisa estalou e subitamente, entendia o que Gothita queria.

— Quer vir conosco por que nunca encontrou uma pessoa tão rabugenta e tão forte quanto eu? Ah... entendo... — Arqueei uma das sobrancelhas, indecisa. Monferno só fazia rir. Também nunca encontrei um pokemon que quisesse ser pego de livre e espontânea vontade. — Tenho a escolha de dizer não? — Ela ficou chocada com a minha frieza. Suspiro, amarga. — Se nos mostrar o caminho mais rápido para a cidade, posso pensar no seu caso. — Ela assentiu, completamente convicta. Um sorriso repuxou do canto da minha boca. Que pokemon estranho. — Okai. Eu aceito sua oferta. — Pego uma pokébola da mochila do compartimento esquerdo e a lanço em Gothita. A bola se expande e toca a ponta da cabeça dela, a capturando. A pokébola cai no chão, piscando e balançando. Parecia uma eternidade. Então, a luz esmaece em um tilintar. Pego a esfera de volta. — Acho que nossa vai ficar mais barulhenta a partir de agora. — Digo à Monferno que exibia um sorriso afiado de orelha-a-orelha.
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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por victor151 1/4/2016, 11:28

Acho que nossa vai ficar mais barulhenta a partir de agora.( nossa o que?) Essa é minha única reclamação, nada de mais e poucos erros de escrita bem pouca coisa mesmo.

O texto e batalhas foram, muito bem descritos e feitos.

Captura: Ótima
O Pokémon capturado vem no Level 10 | 01 Pacote de Move Tutor a escolha | 01 Held Item a escolha;
Evolução:
Ótima O Pokémon evolui normalmente, caso houver batalha ganha P$ 15.000 | Um Pacote de 5 TMs a escolha;

Faça na área de pedidos os itens extras ou para um mod os prêmios extras.
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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por Meruvyan 8/4/2016, 22:30


SAVE CONFIRMED
▶ CONTINUE

#03 - Encurralar ou ser encurralado|Parte 1


Como Gothita prometera, chegamos à Jubilife City mais cedo do que o previsto. Quem diria que atravessar uma trilha inapropriada para humanos nos levasse tão rápido para fora da floresta. Estar coberta de folhas, galhos e com alguns arranhões no rosto, nos braços e joelhos ralados foi só um contratempo do caminho. Soltei um longo e pesado suspiro ao me rastejar para a entrada da cidade. Me sentia um caco, e tentei ajeitar ao máximo minha aparência desgrenhada; dei umas batidinhas aqui e ali e tirei folhas e galhos dos cabelos.

Logo de cara, encontrei uma cidade repleta de prédios de todos os tipos e tamanho. Ela é a maior cidade de Sinnoh, abriga grandes empresas como a Jubilife TV e a Pokétch Company e, além disso, tinha uma escola de treinadores. Como eu sei disso? Simples, eu li no meu livro: Guia Turístico Sinnoh. Porém, ignorei tudo e passei direto no Centro Pokémon. Deixei Monferno e Gothita aos cuidados da enfermeira Joy, e disparei para o refeitório. Precisava de comida urgente, se não, desmaiaria de fome. Quando voltei, enfermeira Joy avisara que Gothi foi a primeira a ser liberada, mas Monferno ainda seria examinado. Ela sugeriu que déssemos uma volta na cidade e eu aceitei a sugestão de muito bom agrado, decidindo ir atrás do laboratório do Dr. Krüger.

Gothita e eu percorremos quase a metade de Jubilife e nada do tal Krüger ou do seu laboratório. O maior problema era que ninguém ouvira falar dele. Esse cara existe? Deveria ter perguntado à Enfermeira Joy antes de perambular por aí feito uma perdida. Argh! Eu já estava regredindo meus passos quando atentei a uma enorme TV fixada na fachada de um prédio. É o edifício do Jubilife TV, pensei logo que a transmissão de um clipe musical começou; nela exibia três garotas de aparência e personalidades diferentes, se dominando como cantoras de pokemons. Todas usavam um mesmo modelo de roupa, só mudava um enfeite e um detalhe nas vestes. Embora aquilo fosse um tanto irrelevante, as pessoas ao meu redor assistiam com certa expectativa as cantoras.
cantoras:
Achei que era a única que não compartilhava do tal encanto, mas ao contrário de mim, Gothita deixava bem claro a sua total desaprovação. — Que foi? Não gostou delas? — O pokemon entortou a boca de desgosto. Balançou a cabeça e depois estufou o peito, gesticulando que poderia fazer muito melhor que elas.

Batia palmas pela sua graciosidade. Ela girou nos calcanhares imitando uma bailarina, mas sem que eu pudesse avisa-la a tempo, deu de cara com um pokemon rosa. Arqueei a sobrancelha ao vê-la cair de bunda no chão. — Gothita, tudo bem?

Gothi se levantou num pulo ágil, bufando. E naquele momento, os dois pokemons iniciaram uma calorosa discussão. Provavelmente, debatendo quem deveria se desculpar primeiro. As pessoas paravam para nos encarar devido a confusão. Então, tive a brilhante ideia de intervir na briga. Vamos esclarecer, não sou o tipo de pessoa que aparta brigas, lembre-se, sou aquela que motiva a uma acontecer, e esse é o problema. Não sei como essas coisas funcionam, pois, no instante em que me coloquei entre as duas, não previ que Gothi me atingiria na bochecha com uma tapa. Uma súbita quietação irrompeu no local, inclusive, nem os expectadores ousavam a entoar um som. Gothita engoliu em seco. Pousei minha mão sobre sua cabeça. — Eu já não disse para pararem de brigar? Terei que usar a força Go.thi.ta? — O tom usado foi tão frio que até o outro pokemon sentira a aspereza das palavras.

Por sorte, levou só alguns minutos de conversa (e sermões) para as duas se acalmaram. Nesse meio tempo, descobri que o pokemon rosa é um Snubull e, havia se perdido da sua treinadora. — Num minuto você andava do lado dela e no outro desaparece. Hm. Deixe que eu adivinhe, sua treinadora é uma despreocupada. — Achei que Snubull contestaria minha fala, mas ela concordou comigo. Oh... talvez essa seja pior que a Lisetta. Um calafrio percorreu pela espinha ao tentar imaginá-la. — Essa cidade é enorme, qualquer um pode se perder. — Franzo a testa, lembrando dos meus próprios problemas. — Nem eu consigo encontrar uma pessoa que deveria ser ao menos conhecida pelas redondezas.

Meu pensamento é interrompido quando vozes exaltadas vindas de um grupo que se aglomeravam no meio da praça. Observando melhor, mais gente se amontoava ali, todas afincas para pegar a melhor posição do semicírculo. — O que é? Uma apresentação? — Perguntei, um tanto curiosa. Nos aproximamos da multidão, e relutantemente, adentrei no aglomerado. Fui esmagada, acotovelada nas costelas, levei um puxão de cabelo, mas em nenhum momento pensei em desistir. Me empurrei para frente e empurrei estranhos também, até alcançar a extremidade do centro da roda. Espiei por cima dos ombros na procura dos dois pokemons e nada. Onde?! Quando olho para o meu lado direito, lá estavam elas, esperando por mim. — Como!? Vocês estavam ainda agora atrás de mim e.... ah, deixa para lá... — Bufei.

No centro vimos uma garota de cabelos longos e loiros em pé, com o corpo meio inclinado à uma mesa de madeira. À sua frente, estava um velho gordo (bizarro) com um chapéu marrom, lembrava bastante a um sapo coaxando. Próximo dele se mantinha um homem alto, de porte físico desenvolvida, contudo, baixo e tão feio ou pior quanto o velho. Ele segurava uma prancheta e um caneta. Os três concentravam-se nos seis dados acima da mesa. — Por que estão encarando os dados como que esperassem elas se mexerem?

— Hm? Você não é daqui, não é? Pela sua aparência, é uma viajante, acertei? Enfim. Eles estão contando os pontos dos dados enquanto o fortão ali os anota. — Explicou um homem, de braços cruzados. — É um jogo popular de rua chamado de “az-zahar” ou Dix Mille. Para jogar, é necessário seis dados e alguém para anotar os pontos. O objetivo é que cada jogador lance os dados uma vez a cada rodada. Ganha quem atingir primeiro a soma de 10.000 pontos. É um jogo de dados bem simples, mas perigoso para aqueles que não sabem as regras. Como aquela loira. É sua trigésima quarta jogada e está perdendo para o Big Mike. Ele nunca deixa passar uma aposta, seja lá qual for. O cara possui uma sorte tremenda. Tenho pena da garota.

Apesar de não ter acreditado de que o tal Big Mike possuísse de verdade uma sorte tremenda, fiquei tentada em saber como aquilo funcionava.

— Garota, se você perder agora terá que me dar todos os seus pokemons, entendeu? — Proferiu o velho balofo, quero dizer, Big Mike, de voz cruel, exibindo um sorriso malicioso.

Hã, eu ouvir direito? Ela apostou os próprios pokemons? Quem em sã consciência faz uma loucura dessas? Naquele momento, sinto um repuxar na minha roupa. Olho para Snubull e depois na direção da loira. Abri e fechei a boca na mesma hora. “É a sua treinadora?” Por Arceus! Isso só pode ser uma brincadeira.

— Não. — A multidão ofegou com a reposta dela. Os olhos eram brilhantes e intensos, de uma cor ardente, convicta das próprias palavras. E Snubull possuía a mesma energia, ela confiava em sua treinadora. — Não vou perder. Meu coração está absolutamente calmo, não tenho nenhuma razão para ter medo ou perder.

Big Mike contorceu suas sobrancelhas, perdendo o sorriso do rosto. Ficou em silêncio por um tempo e depois rompeu em gargalhadas. — Hah Hah Hah! Não sei se o termo certo é chama-la de corajosa ou estúpida. Bah, não me importo, o que vier disso, será lucro!

Encaro o trio, meio indiferente. Poderia simplesmente ir embora e deixar essa loucura para trás, mas alguma coisa ali não fazia sentido. Argh. Por que continuo matutando nisso? O problema não é meu... até o tique nervoso do velho está me irritando. Ãhn, tique nervoso? Observei por mais um minuto e novamente, ele repetia o gesto de levantar e abaixar a aba do chapéu. — Trapaça...? — Murmurei. Em competições é comum o adversário atrapalhar seu competidor desde que não seja pego. A interferência tem que parecer um acidente, ou pelo menos algo que as pessoas não possam rastrear até ele. O gesto na aba poderia significar um sinal para o homem da anotação alterar os pontos, no entanto, isso seria óbvio demais.

A cena seguinte foi bem interessante. Snubull se lançou para o lado da sua treinadora, enquanto a mim, fui empurrada para a frente por algum idiota. Perdi o equilíbrio e cair de joelhos no chão. O silencio se apoderou do local. Sentir olhares significativos nas costas, murmúrio e grunhidos de desaprovação, mas fingir não ter notado nenhum deles. Ao invés de perder o controle como uma boa protagonista faria, mantive a calma. Inspirei fundo e me levantei, controlando as feições do rosto para que permanecessem neutras. Por breves instantes, o gordo-sapo, a loira, o colega da anotação e a multidão me encararam. — Ops. — Acho que esperavam algo a mais de mim, pois exprimiram claramente um total desapontamento.

— O que acha que está fazendo garota? Está nos atrapalhando. Não tem nada mais para fazer? Oh, já sei, você quer meu autografo, não é? Vai ter que entrar na fila. Agora vá embora antes que eu perca a paciência.

— Hã? Esse cara só abre a boca para falar besteira ou é mais uma de suas especialidades além de trapacear? — Não foi minha intenção, de verdade mencionar a trapaça, mas o velho conseguiu me irritar.

— Trapacear? — A loira arregalou os olhos, estupefata. — Você está trapaceando?! — Rosnou.

— O que você--Idiota! O que ‘tá falando? Quem aqui está trapaceando?! Garota, você sabe quem sou eu?

Estalei a língua e desviei os olhos do balofo. — Tch. Quem quer saber algo de um velho gordo e nojento como você? — Resmunguei. Obviamente, ele escutou o que eu disse, pois, seu rosto ficou tão vermelho quanto um tomate. As vozes das pessoas ao redor aumentavam a medida que a informação dele ser um trapaceiro era transmitida. Provoca-lo talvez fosse um erro, contudo, quem disse que eu ligo para opinião dos outros? Quer saber? Vou embora. Me movi para fora do semicírculo.

— Espera sua fedelha! Retire o que disse. Você não tem provas de nada! Veio só para se aparecer é?

Se eu saísse agora, seria tachada de mentirosa e encrenqueira. Droga, ele me encurralou. Só há uma coisa a se fazer. Dei meia volta, cravando os olhos em Big Mike.  — Mexeu com a pessoa errada. — Sussurrei. Dei meia volta, cravando os olhos em Big Mike. — Que tal uma aposta? — Declarei, mantendo o rosto neutro. — Ouvir dizer que gosta muito de apostar, seja qual for o jogo. — Ponho uma mão na cintura e coloco uma mecha de cabelo para trás dos ombros. — O que foi? Não vai aceitar? O gato comeu a sua língua?

Big Mike ficou alarmado, mirou o companheiro e fez um sinal com a cabeça. — Não me faça rir. Se deseja tanto apostar é o que faremos. Mas o que irá colocar em jogo? Deve ter percebido que não fazemos qualquer tipo de aposta.

— Eu... — Estreitei os olhos. Por Arceus! Dessa vez, seria eu a fazer a maior burrada do dia. Apertei os lábios e respirei fundo. — Eu aposto o meu pokemon. — Gothita tossiu, quase se deixando cair no chão. Um sorriso frio alargou-se nos lábios de Big Mike. — Porém, eu escolho o tipo do jogo e a primeira a jogar.

— Hah. Um pokemon tipo psíquico. Interessante. Neste caso, eu aceito. Em troca, esquecerei de todos os seus insultos. Diga garota, qual é o jogo?

Dedilhei o dedo anelar no queixo, pensativa. — Verdade ou Desafio. — Todos, especialmente Big Mike, arquejaram. — A aposta foi feita, não pode voltar atrás. — Informei de antemão.

— Sua--Isso não é uma aposta! — Proferiu, rangendo os dentes. Seu semblante exprimia resignação, porém, se a negasse era o mesmo que anunciar derrota. Big Mike suava frio. — Verda-- — Fechou a boca antes que terminasse a palavra. — Desafio! Desafio! — Bradou. Claro, desafio era melhor que a verdade. Pelo menos assim ele não iria revelar nenhum segredo. Porem tinha imaginado que reagiria dessa forma.

— Desafio... que tire o chapéu.

Big Mike guinchou de raiva. Cerrou os pulsos e bateu uma das mãos na mesa, fazendo-a ranger. — Não! Eu não vou fazer isso! Isso não mostrará em nada seu ponto de vista. Escolha outro jogo!

— Não. Se o que diz for verdade, então não vejo motivos para tanta hesitação em tirar o chapéu. Uma pequena ação sua comprovará de que estou errada. Isso não está de acordo com suas expectativas?

— Cale-se! Cale-se! Cale-se! — Ao dizer isso, um grito estridente distorceu o ar da área. Fomos obrigados a tampar os ouvidos e Big Mike foi forçado a tirar o chapéu, revelando no interior, um Chingling. — Idiota, quem mandou usar Growl?! Use apenas os poderes psíquicos e-- — Big Mike perdeu todas as estribeiras. Lançou um olhar mortal para mim. — Sua--! Tudo isso é por sua causa! Sua causa! Você vai me pagar, vamos batalhar agora!

— Gothita Tickle. — Gothita acatou meu comando com precisão. Seus olhos brilharam e de modo repentino, Big Mike, Chingling e o outro carinha desabaram no chão rindo. Não demorou para a Oficial Jenny aparecer e prende-los. Em contrapartida, a menina loira, parou na minha frente.

— Isso — ela abriu um sorriso — foi incrível! Nyahahaha! — A garota explodiu em gargalhadas. — A cara que ele fez quando achou que você ia batalhar e o chamando de velho gordo e nojento foram as melhores partes. — Limpou as lágrimas dos olhos e suspirou. — Pena que não ganhei nada no final.

— Ainda queria ganhar algo disso? Depois de apostar os próprios pokemons?

A garota ficou em silêncio. — A aposta não foi feita por mim. Eu ofereci ajuda a um senhor idoso e acabei ficando no lugar dele enquanto saia para ir ao banheiro. Mas algo me diz que fui enganada.... Mas, a única a apostar o pokemon foi você.

Congelei. Minhas orelhas esquentaram tanto que rangi os dentes, embaraçada. — Hã... tenho que ir... tenho que... hã, encontrar um laboratório... então... — Intentei uma fuga, porém a garota interrompeu meu caminho.

— Gostei de você, vamos ser amigas! — Os olhos dela brilhavam. Tive a sensação de ver um dejavú e um mau pressentimento. — Eu posso ajuda-la. Só tem um laboratório na cidade de Jubilife e é do Dr. Krüger. — Afirmou, tomando toda a minha atenção. — Ficou interessada? Nyahaha. — Argh. — Não se preocupe, mostrarei o caminho. Aliás, eu sou Miralili Moon. E você é?

Franzi o cenho e fiz uma careta, cruzando os braços. Pelo visto, não tenho escapatória a não ser responder. Suspirei e disse: — Meruvyan Eel. — Miralili sorriu ao ouvir meu nome. Não tive sequer tempo de falar mais alguma coisa, ela me puxou pelo braço afim que eu a seguisse. Pegamos caminhos onde os prédios mais baixos e formos na direção oeste da cidade. Quando não víamos mais nenhum prédio grande e extravagante, deparamos com o laboratório. Ele era enorme!

— Viu? Chegamos.

— Como é que você conhece o Dr. Krüger? — Maneei a cabeça, curiosa.

— Ele é....

Antes que Miralili pudesse responder, ouvimos um grito vindo de dentro do laboratório. Entramos às pressas. Ficamos em choque com o estado do laboratório. Estava completamente destruído!
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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por victor151 8/4/2016, 23:15

Mais um belo texto Meru, realmente é incrível, faltou um acento em algumas palavras como ajudá-la (oxítona terminada com "a")

Mas a proposição de erros  é bem insignificante.

Nota Ótima!
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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por Meruvyan 14/4/2016, 21:17



RESUMO DO CAPITULO ANTERIOR: "No capítulo anterior, Meruvyan esbarrou em um Snubbull perdido. Por coincidência, encontrou a treinadora dela, no entanto, a garota estava envolvida em uma aposta que nem fora ela quem começou. Depois de todo o contratempo, a treinadora desconhecida de cabelos loiros apresentou-se como Miralili. Em agradecimento pela ajuda (de tira-lhe da aposta), Miralili levou-a ao laboratório do Dr. Krüger, a quem estivera procurando desde quando chegara na Cidade Jubilife. Antes que a loira dissesse sua relação com o Dr. Krüger, ambas escutaram um grito vindo de dentro do laboratório e, tiveram uma grande surpresa logo que entraram."


#04 - Encurralar ou ser encurralado | Parte 2

Dizer que o laboratório estava completamente destruído era apenas um modo de expressão. Aos olhos de Meruvyan, o laboratório encontrava-se de ponta cabeça, literalmente. A mesa do centro, as pesadas cadeiras de encosto e até os computadores e outros equipamentos estavam viradas de cabeça no chão e pés para cima. Não obstante, cacos de vidros espalhavam-se no piso, papéis, livros caídos das estantes invertidas e anotações jogados por todo o canto, como se alguém tivesse atirado em fúria. — Cecile, o que aconteceu? — Miralili foi a primeira a sair do choque. Aproximou-se rapidamente de uma mulher de jaleco branco, cabelos azuis longos e ondulantes nas pontas. A mulher presenciava a cena com horror, os ombros caídos e mãos entrelaçadas, prestes a despencar em prantos.

— Lilli... o Dr. Krüger... aquelas pessoas... elas... ele... — Lágrimas saíram dos seus olhos, não conseguindo conter os soluços. A mulher usava o próprio jaleco como lenço para limpar, em vão, o interminável choro. Ambas as garotas, Miralili e Meruvyan, precisaram de bons minutos para acalma-la. Por fim, inspirando fundo, Cecile se ajeitou num banco e encolheu ainda mais o corpo antes de encarar Miralili. — Dr. Krüger foi sequestrado. — Anuncia tremulamente.

— Sequestrado? Como? O quê? Quem foi? — Perguntou ela, mais alto.

— Eu — suprimiu dois soluços — não sei. Eles chegaram aqui quebrando tudo, e de repente, os móveis ficaram assim. Fiquei tão aterrorizada que nem prestei atenção... me desculpe Lilli... se eu fosse mais corajosa... é minha culpa... — A voz esmaece. Abaixou o rosto e voltou a chorar.

Miralili abanou a cabeça. — Isso não foi sua culpa e, além do mais, nada podia ser feito se eles eram mais fortes. — Meruvyan concordou. Se eles deixaram o laboratório neste caos, imagine o que fariam com essa tal de Cecile.

Meruvyan virou o rosto, suspirando. O ambiente é bastante arejado e iluminado, nem a desordem seria capaz de tirar o charme dali. Contudo, os motivos que levaria alguém a bagunça-lo e sequestrar o Professor, não escapava de sua mente. Ela considerou duas possibilidades. Primeiro, dívidas. Segundo, conhecimento. Se havia uma terceira, a garota ignorou. Jogou uma mecha de cabelo para trás da orelha e lentamente caminhou para perto de um livro aberto no chão. — Ela tem razão. Você parece ser mais fácil de derrubar do que uma porta. — Cecile mantinha os olhos arregalados e marejados pelo modo frio de Meruvyan. Por outro lado, Miralili engasgou uma risada, não era o momento certo para rir.

— Lilli, q-quem é ela? — Fungou.

— Meruvyan Eel. Eu a conheci na praça hoje mais cedo. E essa chorona aqui é Cecile Norbalt, Doutora-Assistente do meu tio.

— Tio? — Perguntou a treinadora, exibindo a melhor feição de surpresa que podia. Miralili aquiesceu. — Então é por isso que você sabia a localização do laboratório. Uhm. — Ergueu uma sobrancelha, curiosa. — Você não chegou a vê-los? Alguma informação da aparência deles, já seria de grande ajuda.

— Oh sim, eu os vi, sim! Os dois usavam roupas estranhas, meio futurista, sabe? A cor era preta e branca e.... ah, a inicial dourada da letra ‘G’ estampava no peito deles. O jeito que falavam também era estranho... mal entendi o que disseram... lembrava a de um robô...?

— G? — Miralili franziu o cenho, colocou a mão sobre o queixo. Puxando pela memória, ninguém que conhecera se assemelhava com a descrição dita pela Doutora-assistente. — Será que é um código? Um nome? — A loira bufou desistindo de pensar. Sentia que se continuasse a matutar, teria uma impertinente dor de cabeça mais tarde. — Onde meu tio foi se meter?

— O que faremos? — Perguntou Cecile preocupada, ainda aos soluços.

— Só temos uma coisa a se fazer. Notificar a Oficial Jenny.

♦♦♦

Oficial Jenny chegara ao laboratório minutos depois da chamada de Miralili. E, por incrível que pareça, levou somente dois minutos para que ela entendesse toda a situação e mobilizasse uma patrulha e a investigação. — Não se preocupem, já tenho homens patrulhando pelos arredores. Esses sequestradores não devem ter ido muito longe. Carregar um homem adulto não é fácil, até mesmo para duas pessoas. — Informou a oficial, com um dos braços na cintura. Sua postura séria apenas ratificava o quanto a mulher podia ser confiável. Meruvyan tinha uma certa admiração pelo seu trabalho. Já ouviu histórias de seus feitos incríveis e quase a questionou a veracidade de algumas delas.

A conversa é interrompida quando um vulto atravessa uma das janelas quebradas. Um pokémon voador planava no ar devagar e, com bastante graciosidade pousou no ombro da Oficial Jenny. — Que pokémon é esse? — Meruvyan discretamente pegou sua Pokédex e o analisou: “Chatot: Ele pode aprender a falar palavras humanas. Se eles se reúnem, todos aprendem as palavras uns dos outros. Ele imita a fala de outros pokémons para induzi-los a pensar que é um deles. Dessa forma, não vão atacá-lo.” Chatot possuía uma aparência um tanto diferente, ou melhor dizendo, única. Sua cabeça preta se assemelhava a uma colcheia enquanto a sua cauda — também preta —, lembrava um metrônomo. Cada parte da plumagem detinha de uma cor.

— Suspeitos encontrados. Noroeste daqui. Noroeste daqui. — O pokémon energeticamente levantava e abaixava as asas azuis à medida que cantarolava a frase.

Todos abriram um largo sorriso com a notícia, menos Meruvyan, que permanecia apática. — Bom trabalho Chatot. Vocês garotas fiquem aqui, apenas a Doutora-assistente virá comigo para confirmar os suspeitos.

— Mas, ele é meu tio! Eu tenho direito de ir. — Miralili elevou a voz.

A oficial procurava argumentos para não a deixar ir, mas era inútil, ela é a sobrinha do homem que fora sequestrado, e além do mais, não era mais uma criança, nada a impediria. Oficial Jenny soltou um longo suspiro amargo. — Tudo bem, mas não faça nada que vá atrapalhar nosso trabalho. Vamos.

Chatot esticou as asas e voou a frente do grupo. Eles se deslocaram para fora do laboratório tão rápidos quanto tufões impacientes, no entanto, no último instante, Meruvyan decidiu correr no sentido oposto ao deles. Precisava pegar Monferno no Centro Pokémon, caso contrário, o pokémon ficaria irritado se descobrisse que houve alguma batalha sem a sua presença; ela tinha a leve impressão de que as chances de ambas acontecerem eram bastante altas. Pelo canto do olho, Miralili notou a ausência de Meruvyan. A treinadora seguia para o centro da cidade e ficou surpresa pela velocidade e repentina mudança de caminho. — Para onde você está indo? — Perguntou, estagnando os passos.

— Tenho que passar em um lugar primeiro. Vá em frente, logo alcanço vocês.

Miralili não sabia ao certo o que responder, mas não podia ficar ali parada, esperando por algo mais esclarecedor da treinadora. Por enquanto, iria apenas confiar na palavra dela. Maneou a cabeça aceitando e, girou pelos calcanhares, encurtando a distância entre a Oficial Jenny e Cecile.

O coração de Meruvyan batia cada vez mais forte, conforme, o som de seus passos ecoavam no piso de pedra, o mundo não passasse de um borrão ou que as vozes aborrecidas — por não conseguir evitar um esbarrão e outro —, desaparecessem subitamente. Sem perceber, todos os seus sentidos estimulavam seu cérebro como um soco. Não levara muito tempo para chegar ao Centro Pokémon. Encontrou um Monferno exasperado na porta, porém, Meruvyan precisava ser rápida, puxou-o antes de vê-lo rosnar em reclamação. Enfermeira Joy ficou inerte, completamente pasma e confusa.

Percorreram as sinuosas ruas em alta velocidade e com uma tal destreza, que a garota nunca pensou que possuísse. Meruvyan partiu pela avenida, seguindo para os limites da cidade. Na estrada inclinada e ampla, conseguia ver Miralili, Oficial Jenny e Cecile paradas bem à frente — e diante delas, duas pessoas que pareciam ter saído de um desenho animado do espaço, riam com deboche. Atrás, meio escondido, estava um homem encapuzado e atado. ‘Deve ser o Dr. Krüger’, supôs ela, mordendo os lábios.

Meruvyan viu um lampejo do movimento do Stunky investindo em Chatot. O pokémon voador ululou, e intentou um contra-ataque, mas o oponente desviou, derrubando o pássaro com um golpe ágil na barriga. Antes de sequer terminar de cair, Zubat usou Bite para assegurar a vitória.

— Chatot retorne! — Bradou Jenny, lançando a pokébola e capturando-o de volta. Rangia os dentes, tensa. Aqueles dois eram mais fortes do que imaginara e, naquele momento, estava de mãos atadas. Quando seus homens chegassem ali, já seria tarde demais para prendê-los.

— Quem são eles? — Meruvyan perguntou, surgindo entre a Oficial e Miralili.

— Team Galactic. — Falou rispidamente a Oficial, sem tirar os olhos deles, a expressão enojada. — É uma organização criminosa. Mas diferente dos outros grupos, não sabemos quais são seus objetivos e quem os controla. Surgem quando menos esperamos.
Team Galactic:
— Ei! Seus--indivíduos do espaço, seja lá o que forem, devolvam o meu tio! — Exigiu Miralili.

— É! Devolvam! — Repetiu Cecile, escondendo-se atrás da loira.

— Tolos. Não nos façam perder nosso precioso tempo. Pelo mestre, faremos de tudo, até mesmo destruir as pedras que ousam a entrar no caminho. — O homem de aspecto pálido e mechas roxas ergueu o queixo, dando um sorriso torto. Seu orgulho, como a de sua companheira, assinalava em seu semblante.

— Mestre? Do que estão falando? Não me diga que-- — a loira arregalou os olhos, arquejando — são malucos?

— Tch. Chega de falatório. Zubat, supersonic! — Ordenou o homem.

Antes que Meruvyan desse conta, seu o corpo se movera instintivamente. Caiu por cima do ombro esquerdo, na grama, a dor ficou entalada na garganta. Ofegou e levou o rosto na direção oposta. De uma ponta, Jenny protegera Cecile e Miralili caíra bem próximo dela, juntamente com Snubbull. Nenhuma das garotas pareciam ter se machucado. De repente, Monferno e Gothita se levantaram e posicionaram-se perante de nós, ficando cara-a-cara com Team Galactic.

— Urgh. Parece que as pedrinhas sabem se mover. — Gracejou a mulher, brincando com fios roxos, logo depois jogando-os para as costas. Encarou os dois pokémons, alargando um sorriso felino. — Hm? Querem batalhar conosco? — Indagou. — Own, essas coisinhas são tão fofinhas, querem proteger seus amigos. Neste caso — a maldade em seus olhos era tão visível quanto uma lâmina afiada — vamos destruí-los!

— Meruvyan o que seus pokémons vão fazer?! — Miralili estava exasperada. Ela não conhecia a capacidade de luta da jovem treinadora, e nem achou que seria capaz de ganhar, dado que, nem mesmo Oficial Jenny conseguira.

— Não é óbvio? Querem batalhar.

— M-mas eles são perigosos, vão se machucar!

— Hm... Pode ser que isso aconteça, mas — Meruvyan se ergueu do chão lentamente. Contemplava seus pokémons, eles elevavam o queixo de forma majestosa enquanto enchiam o peito de ar — isso não os impedirá de lutar, ao contrário, isso apenas inflará seus espíritos.

Batalha. Gothita vs Zubat. Stunky vs Chimchar.
Meruvyan não precisou de muito esforço para se concentrar na batalha. Franziu o cenho e encarou a dupla. A mulher do espaço não gostara nem um pouco do seu olhar e como forma de punição, mandou Stunky atacar Gothita. Se a jovem treinadora não tivesse analisado os pokémons adversários há um minuto atrás, com certeza veria a sua primeira derrota, mas, rápida como um chicote, entendeu qual era a intenção da mulher. Stunky é imune à psíquicos, qualquer que fosse o ataque de Gothita, não surtiria efeito. Em uma arfada, ordenou que Gothita e Monferno trocassem de lugar. Com um grunhindo, Monferno saltou em frente de Stunky, agitou o seu rabo de fogo e intentou um giro de 180° enquanto expelia brasas pela boca.

Stunky cambaleou ao ser atingido no rosto, afastando-se rapidamente logo que recuperou o equilíbrio. Por conseguinte, o homem do espaço, riu com desdém. Para a sua surpresa, os movimentos da jovem não eram tão irregulares, possuíam um certo... charme. Ponderou um segundo em convida-la para a equipe, mas a organização não aceitava crianças. Um desperdício de talento. Deixou a ideia esmaecer rapidamente. Os planos de seu mestre vinham em primeiro lugar, e nada, e ninguém, o impediria de completa-los.

— Zubat supersonic! — Intimou.

Meruvyan se antecipou. Não cairia duas vezes no mesmo ataque. — Gothita sua vez. Use Tickle! — A voz saiu firme e decidida. Pouco a pouco, Meruvyan pegava o jeito das batalhas. E conscientemente, o gosto de estar em uma. O vento uivou quando uma fina camada de luz avermelhada envolveu o pequeno corpo do pokémon. Num piscar de olhos, Zubat debatia-se no ar de tanto rir. As asas subiam e desciam depressa, fazendo-o cansar mais rápido do que o normal. Vendo a oportunidade, Meruvyan ordenou mais um ataque, Confusion.

Gothita bufou. A luz envolta dela se tornara mais evidente à medida que exercia o ataque psíquico. Desprevenido, a força telecinética pegou Zubat lançando-o de um lado para o outro, e seguidamente, arremessando-o de cabeça em uma árvore próxima. O impacto fora o suficiente para atordoa-lo.

— Uau! Essa garota é.... incrível! — Falou Cecile em pé, intensamente agitada, as mãos entrelaçadas sobre o peito. Miralili tinha os olhos arregalados, os lábios levemente abertos enquanto observava a luta. Mesmo que o rosto de Meruvyan permanecesse impassível, olhos dourados da garota brilhavam jocosos. Um tipo estranho de inveja abriu caminho até o coração de Miralili.

— Sua insolente! Como ousa ir contra nós?! Você irá se arrepender disso. — Ralhou a mulher do cabelo roxo. — Stunky, poison gas!

Stunky produziu uma densa nuvem de gás venenoso, jogando na cara de Monferno. — Evasiva! — Gritou Meruvyan, elevando o braço no ar. O movimento brusco fez-lhe trincar os dentes. A dor no ombro dava alfinetadas, mas em comparação a batalha, aquilo não era nada. Se o gas acertasse Monferno, o veneno iria paralisa-lo e transforma-lo num alvo fácil. No pior dos casos, a dupla dinâmica escaparia com o Doutor e ocasionaria uma possível perseguição. Um contratempo que ela gostaria de evitar a todo custo. No último instante, Monferno utiliza de sua agilidade natural afim de desviar do gás fedorento. Lançou-se para o lado, empurrando-o chão e terra. A adrenalina impulsiona Meruvyan a continuar. — Agora Mach Punch!

Monferno mostrou os dentes, jubiloso. Mudou drasticamente a aceleração das passadas, encurtou a distância entre ele e o Stunky e quando estava perto o bastante, investiu com um soco extraordinariamente veloz. Golpeou stunky em cheio, jogando-o para cima da garota do espaço. Ela o agarrou, porém desabou de bunda na terra.

— Impossível. — Arquejou a mulher do Team Galactic.

— Parece que a pedra se tornou um obstáculo muito maior do que o esperado. — Proferiu Oficial Jenny, igualmente surpresa pelo o resultado da batalha. — Eis o que vai acontecer. Rendam-se e deixem o Dr. Krüger em paz!

O homem pôs a mão sobre o ombro da mulher das mechas roxas. — Vocês deram sorte que tiveram a ajuda dessa garota, da próxima vez não vão ter tanta sorte! Podem ter ganhado a batalha, mas não a guerra. E se preparem, pois ainda vão ouvir muito o nome: "Team Galactic."

Zubat e Stunky voltam para as pokébola. Como em uma cena tirada de um desenho animado, eles lançam uma bomba de fumaça no chão, e então, desaparecem.
.MERUVYAN.
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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por victor151 15/4/2016, 12:50

Hora da avaliação ( By Cilan)
Estou gostando bastante da historia, apesar da sua personagem ser antagonista, essa história é bem aquelas tradicionais. Gosto das descrições e tal.

Faltou acento em verbos com o complemento -la/-lo como acalmá-la, ajudá-la, transformá-lo.

Algumas vírgulas faltaram na hora de dar o ataque.

"— Zubat supersonic!"
. A questão é o imperativo do tipo Pedro, vai buscar a bolacha por favor.

Teve repetições que podiam ser evitas como essa:

Monferno mostrou os dentes, jubiloso. Mudou drasticamente a aceleração das passadas, encurtou a distância entre ele e o Stunky e quando estava perto o bastante, investiu com um soco extraordinariamente veloz. Golpeou stunky em cheio, jogando-o para cima da garota do espaço. Ela o agarrou, porém desabou de bunda na terra.

Nomes de ataques e de Pokémon começam em letra maiúscula

E por fim, um erro bem curioso.

Dizer que o laboratório estava completamente destruído era apenas um modo de expressão. Aos olhos de Meruvyan, o laboratório encontrava-se de ponta cabeça, literalmente. A mesa do centro, as pesadas cadeiras de encosto e até os computadores e outros equipamentos estavam viradas de cabeça no chão e pés para cima. Não obstante, cacos de vidros espalhavam-se no piso, papéis, livros caídos das estantes invertidas e anotações jogados por todo o canto, como se alguém tivesse atirado em fúria.
A locução "não obstante" faz parte das conjunções com valor adversativo ou concessivo e tem o mesmo sentido de "mas", "porém", "todavia", "entretanto", etc.

Não seria "não o bastante"? me senti confuso sobre isso.

4 STARS


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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por Meruvyan 20/4/2016, 14:52



RESUMO DO CAPITULO ANTERIOR: "Meruvyan conhecera Miralili e seu pokémon, Snubbull. Ela levou Meruvyan até o laboratório para enfim entregar o pacote do Professor Rowan, no entanto, quando chegaram lá, descobriram que Krüger tinha sido sequestrado. Com a ajuda da Oficial Jenny, conseguiram encontrara-lo e os culpados do sequestro eram o Team Galactic, uma organização criminosa, com objetivos desconhecidos. Meruvyan, Monferno e Gothita conseguiram derrota-los, mas o grupo prometeu, que todos ainda iriam ouvir sobre a temível Team Galactic."


#05 — Rotas & Fugas

Miralili despertou abruptamente devido a um estrondo vir do andar de baixo. A garota quase caiu da cama pelo susto. Jogou os lençóis de lado, e vestiu-se mais rápido que pôde. Desceu as escadas e parou no antepenúltimo degrau, pousando as mãos no corrimão. Semicerrou os olhos contra a repentina luminosidade. No centro do laboratório (ainda bagunçada pela visita inesperada do Team Galactic) estava um homem que tinha a barba a ser feita; vestia um jaleco branco (um pouco manchada de sujeira), com as mangas dobradas no meio do braço e calças pretas. O homem aparentava estar no auge dos seus 30 anos. A pele pálida e corpo magro indicava que passara dias ou semanas trancado dentro do laboratório. Ela desceu os últimos degraus e aproximou-se dele lentamente. Notou que ele segurava um tipo de colar eletrônico quebrado. — Tio Krüger, o que são essas coisas? — Perguntou Miralili, vendo outro dispositivo eletrônico, só que de uma aparência deplorável, parecia ter explodido.

— Oh, Miralili, está acordada. — Disse ele suave, jogando os cabelos loiros para trás. — Hm. Esse colar é um aparelhinho que emite a frequência infrassom. Foi encontrado em um Rhyhorn na floresta perto de Sandgem Town. Ele estava causando problemas para as pessoas que moram ao redor, mas por sorte, aquela garota conseguiu tirá-lo do pokémon. — Completou. — Tentei codificá-lo, descobrir quem é seu criador, mas, o espertinho não é um qualquer, sabe esconder muito bem seus passos. Tenho que comunicar o Professor Rowan. — Coçou a barda baixa, deixando o pensamento de lado. — Uma pena que Meruvyan não aceitou meu pedido de ficar mais um pouco. Ela acabou esquecendo a carteira e, eu queria ter conversado mais--

— AH! — Miralili arquejou, puxou o tio pela gola com uma força surpreendente. — Meruvyan já foi embora?

— Miralili, você está me machucando... — Ofegou. Miralili era muito forte e, ela não tinha noção da própria força.

— Por que o senhor não me avisou antes? — Balançou-o para trás e para frente, deixando-o tonto. Depois de três segundos, o soltou bruscamente. A loira pegou a carteira de Meruvyan, subiu as escadas feito um tufão e desceu novamente com uma mochila nas costas. — Estou indo tio. Obrigada por cuidar de mim todo esse tempo.

— Miralili?! — Krüger arregalou os olhos, assustado. O que em nome de Arceus essa garota pretendia ir com aquela mochila? Começou a suar frio ao vê-la abrir a porta. — O que eu vou dizer a sua mãe? — Foi a primeira coisa que pensou para pará-la. — Ela vai me matar! — Gritou. Mas, a garota não deu ouvidos. Saiu depressa, deixando-o sozinho. — Miralili... se sua mãe descobrir que saiu sem o consentimento dela...

[...]

O dia amanhecera quente, o céu irradiava luz e as nuvens se assomavam acima dos prédios mais altos. A cidade Jubilife acordara mais frenética do que no dia anterior. A notícia do sequestro do Dr. Krüger não fora divulgada, ninguém sabia do acontecimento. Fazia até certo sentido ninguém saber, não havia nenhum repórter por perto para cobrir. A garota deixou a ideia esmaecer e suspirou enquanto caminhava ao lado de Gothita e Monferno pelas largas ruas de pedra. Seu propósito naquela cidade era entregar o colar eletrônico ao Dr. Krüger e depois, seguir em frente. E esse era o problema. A treinadora não tinha ideia do que fazer a partir dali. Ela pensou em duas opções: continuar com a ideia de ser a Rival de Lisetta ou se tornaria uma treinadora ‘normal’, percorrendo por toda Sinnoh. A primeira opção implicaria irritar Lisetta sempre que a encontrasse, o que não seria difícil, pois é da sua natureza irritar as pessoas. Talvez fosse até uma habilidade especial, igual aos dos pokémon.

Seja qual for a escolha, ainda seria totalmente clichê. A vida poderia ser bem difícil quando queria. Conforme andava para fora da cidade, o vento soprou mais forte e levou consigo o delicioso cheiro de doce. Tanto Meruvyan quanto os pokémon engoliram em seco. Estava faminta, a barriga roncava feito um trovão impaciente.

— Não tivemos café da manhã... comer um lanchinho não fará mal, né? — Falou, correndo direto para a loja de doces. A vitrine fria ao toque exibia de tudo e mais um pouco; enormes bolos customizados ocupavam a prateleira de baixo, e nas duas de cima, apresentava uma ampla quantidade de fatias (variados sabores) de bolo, bombons caramelizados, tortas, macarons coloridos, cheesecakes, brownies e cookies. Tudo parecia esplendorosamente saboroso. Os olhos do trio saltitavam de um lado para o outro e mais um pouco babariam no vidro todo. A treinadora limpou a boca e pôs a mão no bolso da saia. A ansiedade crescia à medida que apalpava o outro bolso e em seguida quase o corpo inteiro. Nada da carteira. Franziu o cenho, confusa. Poderia ter perdido? Tirou às pressas a mochila das costas e procurou. Nada. “Não. Não. Não! Eu a perdi?! Lá estava todas as minhas economias.” Ela remexeu suas coisas mais uma vez, e de novo e de novo. Como em câmera lenta, o mundo parecia desabar na sua cabeça.

Nunca imaginou que chegaria a este ponto. Caída no meio fio, desolada e faminta. Pedir ajuda a sua família é a última coisa que faria e, se pudesse, jamais iria recorrer a eles. Então, como num passe de mágica, o cheiro de doce e salgado embrenhou o ar. Meruvyan empinou o nariz feito um cão farejador, e ao levantar o rosto, contemplou a silhueta de um garoto de cabelos azuis oferecendo um crepe de morango e chocolate? Por um instante, ela achou que o estranho estivesse envolto por uma luz divina. Ela ergueu os braços, e mais um pouquinho pegaria o doce, mas parou na metade do caminho. Lembrou-se do que o irmão mais velho lhe dissera. “Nunca aceite nada de estranho! Nem que seja o doce mais apetitoso do mundo!!” A garota fez um muxoxo e virou o rosto, negando a oferta tentadora.

— Ei, não vai aceitar? — Indagou. O tom de voz era impertinente e irritado. Gothitha e Monferno salivavam. As barrigas dos três roncaram novamente, dessa vez tão alto que podia ser confundido com um rugido de um Tauros. O garoto arqueia as sobrancelhas e depois faz uma careta. — Aceita logo!

Ele empurrou o doce nas mãos de Meruvyan e saiu em disparada. Um minuto depois, Miralili aparece, parando à sua frente. A loira curvou o corpo, retomando o fôlego perdido o mais depressa possível. Puxou o ar e disse: — Te encontrei! — Respirou fundo. — Pensei que tinha saído da cidade... acho dei sorte...

Meruvyan nem notara a presença de Miralili. Ela encarava o crepe como se aquilo fosse algum tipo de armadilha. Quem em sã consciência daria aquele doce (salgado) delicioso para um estranho? Comer ou não deve comer, eis a questão. — Por que está encarando o crepe como se fosse a coisa mais maligna do mundo? — Meruvyan ainda parecia indiferente, exceto por um brilho curioso em seus olhos. — Oh, esse não é o famoso crepe do JubilifeCandies?! É super concorrido entre os mais jovens.

— Então, é seguro comer? — Questionou.

— Ãhn? Sim...?

Dito isso, a treinadora prontamente divide em três partes; uma para Gothita e outra para Monferno. E, de súbito, eles devoram numa só abocanhada. Cada um mostrava uma expressão relaxada e feliz. — Parece que vocês gostaram do doce... — Falou Miralili sendo contagiada pela felicidade alheia. — Oh. Estava quase me esquecendo, aqui. — Ela pega a carteira da mochila e a entrega para Meruvyan. — Você esqueceu no laboratório.

— Minha carteira! — A treinadora segurou a pequena bolsa, mas estreita os olhos logo que atenta à mochila da loira. — Você não veio entregar só por isso, não é?

— Você está completamente certa! Decidir viajar com você. — Falou toda orgulhosa.

— O que? Por que?! — Apesar do tom instigante, o semblante continuava impassível. Miralili começava a se acostumar à aquela reação.

— Se eu tenho que colocar em palavras, a minha intuição me diz que... vai ser divertido? — Replicou, tombando a cabeça levemente de lado. A resposta não era suficiente para satisfazer a treinadora. — E também meu sonho é ser a melhor top coordenadora dos tempos. Ficar enfurnada aqui não vai me levar a lugar algum. — Estufou o peito e ergueu o queixo. — Já somos amigas, então, não terá nenhum problema. Perguntas?

— Sim. Posso recusar?

— Não. — Falou, manifestando o sorriso mais alegre do mundo.

[...]

As garotas caminhavam pela rota 203 enquanto Miralili tagarelava sem fim. Mandá-la calar a boca não surtiria efeito, ela apenas continuaria falando, talvez até para irritar ainda mais Meruvyan. Ela bufou, apertando Gothita nos braços. O pokémon que cantarolava a fitou, confusa.

— Diga Meruvyan, qual é seu sonho?

— Meu sonho?

— É. O meu já falei, que é ser uma top coordenadora e o seu?

— Eu não tenho um. — Falou em um dar de ombros. Miralili deu um gritinho abafado, totalmente surpresa. — Desde que me entendo por gente, foi imposto a mim o título de antagonista, Rival....

— Rival? — Miralili gargalhou até seus pulmões arderem. Ela limpou as lágrimas dos olhos e voltou a fitar Meruvyan. — Isso é sério? — A treinadora não exibia nenhum tipo de expressão que indicasse que era brincadeira. E riu mais ainda. — Nunca ouvi falar de uma coisa dessas. Ai. Isso é — abriu o sorriso — incrível! Mas, é o que você quer?

Ninguém nunca a perguntou isso. Se queria ou não ser Rival de alguém. Sua opinião sobre a loira mudou, mas só um pouquinho. — Eu...

Antes que pudesse terminar de falar, Miralili tampa a boca dela. O súbito movimento a surpreendeu, porém, logo ficou irritada por ser interrompida. — Shhh! Acho que estamos sendo seguidas. Pode ser a Team Galactic querendo revanche. — Meruvyan franziu o cenho, cedendo a ideia de morder a mão da loira. — Quando eu der o sinal, nós vamos correr. — Informou. Um minuto depois ela profere: — Agora! — Miralili corria o mais rápido que podia, mas ao olhar para o lado, a treinadora continuava no mesmo lugar. — Meruvyan?!

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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

Mensagem por victor151 20/4/2016, 15:58

Sua historia está legal e não tenho muito o que falar.
Ótima
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[Jornada] Meruvyan Eel Empty Re: [Jornada] Meruvyan Eel

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